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Year: 2021/2022/2023

Engine: MPAGD

Genre: Metroidvania

OS: ZX Spectrum / MSX

Language: English or Portuguese

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Virgil's Purgatory ZX/MSX

Virgil's Purgatory for ZX and MSX is a metroidvania platformer. This is a .tap rom file (ZX), or .rom file (MSX) so you will need a ZX Spectrum and MSX emulatord or the real hardware to play this game. The game is based on the 2016 PC version, but has a lot of diferences in graphics and level design.

O Purgatório de Virgílio para ZX e MSX é um jogo estilo "metroidvania", distribuído como um arquivo .tap (ZX) ou .rom (MSX), então você vai precisar ou do hardware original ou de um emulador para poder jogar. Este jogo é baseado no jogo original que fiz em 2016 para PC, mas tem várias diferenças nos gráficos e no desenho de níveis.

Key Features:

  •  About 30 minutes of full speedrun gameplay (30 minutos de jogo "speedrun")

  • 48k game with YA music (Needs expansion YA card or ZX 128k model)

  •  44 unique screens (44 telas únicas)

  •  Metroidvania gameplay with platform and action elements (Metroidvania com elementos de ação e plataformas)

  •  Inspired by Dante's Alighieri "Divine Comedy" Brazilian northeast folk literature (lieratura de cordel), the history of "Cangaço" and woodcut art. (Inspirado na Divina Comédia, na literatura de cordel, xilogravuras, e his´toria do cangaço.

  • English and Portuguese versions included (versões em Inglês e Português inclusas)

Plus ​MSX Extra content:​ 

  • New graphic details (novos detalhes gráficos)

  • Updated level design (level design atualizado)

  • 4 more sound tracks (4 músicas extras)

  • Ilustrated Title Screen (Tela Título ilustrada)

  • Extra Final Boss battle (Batalha final expandida)

  • 2 New areas (2 novas áreas no purgatório)

  • MSX2 compatible palette (Paleta compatível com MSX2)

  • Portuguese, English, 50hz and 60hz versions (Versões em Português, Inglês, 50hz e 60hz)

Version 2.0 for ZX Extra Features:

  • Double sided tape, now 2 games in one

  • Nearly Double the Gameplay Time

  • 3 New Stage Bosses in Addition to the Existing 4

  • 3 Extra Music Tracks, Totaling 7 as in the MSX Version

  • Numerous New Enemies, in Addition to the Existing Ones

  • 50 New Screens Arranged in a New Area, the Low Purgatory

  • 10 Chips to Collect (5 in Each Chapter) to Uncover Virgil's Origin Story

  • New Graphical Details in Existing Scenarios

  • New Loading Screens, One for Each Chapter

Controls: please refer to the "reame.txt" for controls instructions (por favor leia o "leia-me.txt" para mais instruções sobre os controles)

Have Fun.

You can buy the digital version of Virgil's Purgatory on itchio store:

https://amaweks.itch.io/virgils-purgatory-zilog

Você pode comprar o jogo através de uma transferencia PIX no valor de R$ 30,00 (você vai receber tanto a versão MSX quanto a ZX Spectrum)

Após a compra por favor envie um email com o comprovante da transferencia informando qual jogo você deseja para paulo_villalva@yahoo.com.br

Utilize o QRCode ao lado (clique para ampliar)

 

 

Algumas palavras a mais sobre a narrativa e contexto deste jogo (2021):

Eu não canso de repetir que meus jogos são o meu produto de arte, e que encaro o jogo como uma linguagem estética com suas particulariedades tanto quanto o cinema, os quadrinhos, as artes plásticas, a literatura, ou o que você puder imaginar. Estou nessa "pesquisa" de entender essa linguagem, e explorar suas possibilidades, já fazem alguns anos, aprendendo tanto a parte mais "técnica" (a programação, o desenho de interação entre jogador e jogo, etc), quanto a parte mais artística, e não só fazendo as músicas e gráficos mas entendendo como isso tudo se articula na narrativa do jogo. E o tema escolhido é sempre muito importante nessa equação.

O Purgatório de Virgílio é (foi em 2016 e o é novamente, agora de forma mais consciente) meu manifesto de que um jogo brasileiro pode abordar temas regionais sem ser necessariamente "regionalista" ou menos ainda tradicionalista. Quando eu escolho pegar elementos da história do cangaço, da literatura popular de cordel e tudo que se relaciona a ela, e faço relação e diálogo com a Divina Comédia de Dante Alighieri, eu quero dizer que um não é mais importante que o outro em termos culturais. E que, claro, sendo brasileiro, me é interessante abordar temas daqui, mas sem reduzir-los á qualquer gueto ou margem, mas pelo contrário, fazendo o movimento de inserir-los na cultura universal humana. Por que o que temos culturalmente de diferente do resto do mundo é o que temos de mais rico e único, e ignorar nossa cultura seria também me empobrecer artisticamente.

Daqui a um ano, em 2022, farão 100 anos da Semana de Arte Moderna no Brasil. Sua importancia não cabe aqui nesse parágrafo, mas em resumo os modernistas deixaram claro que era preciso "antropofagizar" o estrangeiro, "comer eles", e assim parir o novo, mesmo que de forma caótica. Não basta se apoiar na tradição cultural, que é sim importante, mas é preciso ir além. Posteriormente, o movimento da Tropicalia atualizou este entendimento, e deixou ainda mais claro que o oposto também não nos serve: apenas imitar o estrangeiro como um "vira-lata" neo colonizado é talvez ainda mais miserável e pobre culturalmente, e que a "antropofagia" devia ser ainda mais radical. Em certa medida, o manifesto Mangue Beat, encabeçado por bandas de Recife como o Nação Zumbi, fez nos anos 90 uma nova atualização da atropofagia modernista, agora num mundo muito mais urbano que rural.

É sem medo da estatura destes grandes que eu me insiro nessa mesma busca, e eu não estou sozinho. Repito então, "O Purgatório de Virgílio", meu joguinho retrô, independente, obscuro, conhecido por poucos, foi meu manifesto nesse sentido em 2016, e o faço com ainda mais propriedade agora em 2021.

Algumas palavras a mais, agora em 2023:

Estes tem sido anos intensos, para o bem e para o mal, com tanta coisa acontecendo na vida e no mundo. Em poucos anos parece que se deu um acúmulo grande de tudo: fatos históricos, emoções boas e más, altos e baixos, mas também sabedoria e conhecimento.

Relendo o texto logo acima vejo a conexão entre o que eu estava pensando e fazendo com o trabalho de meu amigo e intelectual/artista Luiz Souza, e coisas que vieram a culminar no grupo da "Gang do Lixo" e "Manifesto da Arte Anacrônica". Já estava na cabeça que 2022 era importante por conta dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo, e que era preciso atualizar algumas de suas ideias para a babilônia ultra conectada e informacional do século XXI.

Eu não poderia fazer nada disso sozinho, e foi na parceria com o Luiz Souza e contribuindo com o Grupo da Gang do Lixo que conseguimos sintetizar o que antes eram ideias ainda coletivas e um pouco desconexas em uma proposta estética e leitura do estado social da arte no nosso tempo. Soa como algo realmente ambicioso colocado desse modo, ainda mais vindo de um mero desenvolvedor de jogos que circulam apenas em um nicho dentro de um outro nicho de videogames retrô, de uma já limitada mídia em termos de alcance estético que é o videogame (não por culpa da linguagem dele em si, mais pelo foco da indústria cultural no fator de puro entretenimento). Soa ambicioso por que o é, e a vida de artista é feita dessa coisas, inclusive da necessidade de pensar grande. Leia o "Manifesto da Arte Anacrônica" e tire suas próprias conclusões a respeito.

Está ai, mais uma versão de O Purgatório de Virgílio, algo que nuca foi é um trabalho só meu, inspirado em uma riqueza cultural grande, com contribuições da minha companheira a Ju desde aversão de 2016, e agora com as contribuições do Luiz Souza que escreveu "A Canção de Virgílio", além de toda sua relação com a proposta de Arte Anacrônica, o que o texto de lançamento de 2021 não me permite omitir.

English: A few more words about the narrative and context of this game (2021):

 

I'm never tired of saying that my games are my art products, and that I see it as an aesthetic language, with its peculiarities as much as movies, comics, visual arts, literature, or whatever you can call art. I'm on this "research" to understand and explore this language and its possibilities for quite some years by now, learning both the more "technical" part (programming, the design of interaction between player and game, etc.) and the more artistic part. Not just making the music and graphics but understanding how it all articulates in the game's narrative, therefore, the chosen theme for the narrative is very important in this equation.

 

Virgil's Purgatory is (it was in 2016 and it is again,more consciously now) my manifesto that a Brazilian game can address regional themes without necessarily being "regionalist" or traditionalist. When I choose to take elements from the history of “cangaço”, folk “cordel” literature with all that goes along, and find parallels with Dante Alighieri's Divine Comedy, I mean that one is not essentially more valuable than the other in cultural terms. It’s Important for me to approach the native subject without reducing it to any ghetto or margin, on the contrary, making the move to insert them into the universal human culture. Ignoring our own culture would feel like impoverishing myself artistically.

 

In 2022 the "Modern Art Week in Brazil" will be 100 years old. Its importance does not fit in this paragraph, but in short, the Brazilian Modernists made it clear that it was necessary to "anthropophagize" the foreigner, "eat them", and thus give birth to the new, even if in a chaotic way. It is not enough to rely on cultural tradition, which is important, but it is necessary to go further. Subsequently, the "Tropicalia Movement" updated this understanding, and made it even clearer that the opposite does not serve us either: just mimic the foreigner culture as a neo-colonized one is perhaps even more miserable and culturally poor. In more recent times, the Mangue Beat Manifesto, headed by Recife bands such as "Nação Zumbi", in the 1990's, made a head way on Modernist Anthropophagy, this time more close to the urban side of life them the the old agrarian country side Brazil.

 

It is without fear of the stature of these great ones that I enter this same quest. So I restate, "Virgil's Purgatory", my little retro, independent, obscure, known just by a few, game, is my manifesto on this matter.

A few more words, now in 2023:

It has been intense years, for better or worse, with so much happening in life and the world. In just a few years, it seems like a significant accumulation of everything has occurred: historical events, emotions, highs and lows, but also wisdom and knowledge.

Rereading the text above, I see the connection between what I was doing, the work of my friend and intellectual/artist Luiz Souza, and what culminated in the Gang do Lixo (Trash's Gang) group and the Anachronistic Art Manifesto. It was already in my mind that 2022 was important due to the 100th anniversary of the Week of Modern Art in São Paulo, and that its ideas needed updating for the super-connected Babylon of the 21st century.

I couldn't do this alone, and it was in partnership with Luiz Souza and contributing to the Gang do Lixo group that we managed to synthesize what were once disconnected ideas into an aesthetic proposal and an understanding of the social state of art in our time. It may seem really ambitious to say this, coming from a game developer known only to a niche within a niche, in a already limited medium in terms of aesthetic reach (not due to the language itself, but the cultural industry and its focus on entertainment). But life is made of such things, including the need to think big.

So here's another version of Virgil's Purgatory, something that is no longer just my work, thanks to the contributions of Luiz Souza, who wrote "Virgil's Song," and  the relationship of my work, with the Anachronistic Art proposal. Read the manifesto, it's on my blog, or "just Google it," it's not hard (Just in portuguese for now, I hope to change that someday).

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