Year: 2022
Engine: MPAGD
Genre: Puzzle Platformer
OS: ZX Spectrum/MSX
Language: English
Game? Art? Or both? Digital and... physical? Unravel an intriguing universe that mixes platforming, action and puzzles, and experience a unique aesthetic adventure on ZX Spectrum and MSX.
Jogo? Arte? Ou ambos? Digital e... físico? Desvende um intrigante universo que mistura plataformas, ação e quebra cabeças, e experiencie uma aventura estética única no ZX Spectrum e MSX.
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Enjoy.
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Credits:
Code and Graphics by Amaweks
Music by Sergey Nilov (Wally) https://zxart.ee/eng/authors/w/wally/qid:470518/
Tracks: Electric - 2002
2UNLIM - unknow year
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/\ O [ ]
A ideia inicial para este jogo surgiu de diálogos que tive com meu amigo Luiz Souza. Conversávamos sobre o que seria uma Arte Anacrônica, ele escrevia e reescrevia a versão final de nosso manifesto, e o Kandinsky estava sempre aparecendo na conversa. Daí surgiu a idéia de fazer um jogo abstrato, e mais que isso: de criar toda uma ficção de que o conceito do jogo havia sido criado pelo próprio pintor abstrato. Fiz algumas montagens de gráficos que poderiam compor o jogo, e em seguida Luiz Souza escreveu um conto onde seu Kandinsky fictício morria como um junkie no final dos anos 80 influenciando alguns desenvolvedores de jogos underground. Ao final tive de mudar muitas coisas sobre o jogo: a estética da arte de Mondrian dialogava melhor com as limitações técnicas dos microcomputadores dos anos 80, e o exercício de ficção a respeito da autoria já havia sido realizado no conto do Luiz. Mas isto não impediu o jogo de dialogar com a literatura quando também elaborei o texto enigmático que circula com um alfabeto encriptado no encarte da fita k7.
A alguns anos atrás, quando descobri a respeito do ZX Spectrum (1982), acredito que por volta de 2014, me apaixonei por aquela paleta de cores e pelo famoso (ou infame) "Colour Clash". É que no ZX, econômico em todos os aspectos técnicos, não há espaço na memória para informação de cor dos sprites (objetos que se movem livremente pela tela), sendo que estes pegam emprestadas as cores dos blocos gráficos ao fundo (geralmente compondo o cenário).
Este é o terceiro jogo que desenvolvo para o ZX. No primeiro, Devwill Too, eu tentei utilizar blocos de 8x8 completamente preenchidos de cor para criar cenários coloridos e evitar a percepção do "Colour Clash", e ouvi elogios de pessoas que consideraram o estilo gráfico interessante por conta disto. No segundo, O Purgatório de Virgílio, tentei utilizar novamente os blocos deste modo, dando um passo além, com os detalhes de cenários desenhados com estas grandes células, blocos de 8x8 pixels, e gráficos em preto, cinza, branco, e vermelho.
Mas em /\O[] consegui finalmente o objetivo maior de utilizar o "Colour Clash", a princípio uma limitação, como um efeito gráfico de luz, sombra, sobre posições, simulação de rolagem automática de telas, e estética geral do jogo. Falando nela, a estética (a não ser confundida com a palavra cosmética) é pensada de forma que cada tela do jogo forme um quadro abstrato e em movimento. Como avaliou com precisão Luiz Souza: "tu pensa as cores como pintor e aplica como designer de jogos". Como já dito, as telas foram inspiradas fortemente pelas pinturas de Piet Mondrian, ainda que de Kandinsky ficaram também as formas básicas: o círculo, quadrado, triângulo, a linha e o ponto.
Sigo na busca de enriquecer o videogame que produzo com elementos culturais de todos os lugares, de todos os tempos, numa antropofagia anacrônica, que como concluí também Luiz Souza, a respeito do nosso manifesto da Arte Anacrônica, primeiro desmonta e fragmenta o tempo, entende cada um dos seus elementos no seu momento histórico, para reorganizar estes fragmentos de forma coesa, consciente e crítica.
Sem mais o que dizer, espero que você possa jogar /\O[] e divertir-se, apreciar, fruir, retirar o que lhe convir da experiência.
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English:
/\ O [ ]
The initial idea for this game came from dialogues I had with my friend Luiz Souza. We were talking about what Anachronic Art would be, he was writing and rewriting the final version of our Anachronic Art Manifesto, and Kandinsky was always coming up in the conversation. From our dialogue came the idea to make an abstract game, and more than that: to create a whole fiction that the concept of the game would have been created by the abstract painter himself. I've made some graphical mockups that could compose the game, and then Luiz Souza wrote a story where his fictional Kandinsky died as a junkie in the late 80's and influenced some underground game developers. In the end, I had to change many things about the game: the aesthetics of Mondrian's art suits better with the technical limitations of the microcomputers of the 80s, and the exercise of fiction regarding authorship had already been carried out in Luiz's short story. The game still is somewhat related to literature through the encrypted text that comes with the physical edition inserts.
A few years ago, when I found out about the ZX Spectrum (1982), I believe around 2014, my pixel artist self fell in love with that color palette and the famous (or infamous) "Colour Clash". It's just that in the ZX, economical in all technical aspects, there is no memory space for sprite color information (the objects that move freely around the screen), and these borrow the colors from the graphic blocks in the background (generally composing the scenario).
This is the third game I develop for the ZX. In the first one, Devwill Too, I tried to use 8x8 blocks completely filled with color to create colorful backdrops and avoid showing the "Color Clash". I heard praise from people who found the graphic style interesting because of this. In the second, Virgil's Purgatory, I tried again to use the blocks in this way, going a step further, with the details of scenarios drawn with these large cells, blocks of 8x8 pixels, and graphics in black, grey, white, and red.
But in /\O[] I finally achieved the main objective of using the "Colour Clash", at first a limitation, a flaw, as a graphic effect of light, shadow, layering, simulation of automatic scrolling screen, and general aesthetics about the game. Speaking of which, the aesthetics (not to be confused with the true meaning of the word cosmetic) is conceived in such a way that each canvas forms a frame, an abstract canvas in motion. As Luiz Souza accurately evaluated: "you think about colors like a painter and apply them like a game designer". As already mentioned, the canvases were strongly inspired by the paintings of Piet Mondrian, although the basic shapes were also left from Kandinsky: the circle, square, triangle, line and point.
I continue to seek to enrich the video game I produce with cultural elements from all places, from all times, in anachrony, which as Luiz Souza concluded, regarding our Anachronic Art Manifesto, first dismantles and fragments time, understanding each one of its elements in its historical moment, to reassemble these fragments in a cohesive, conscious and critical way.
Without more to say, I hope you can play /\O[] and have fun, enjoy, enjoy, take what suits you from the experience.
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Outros links relacionados / related links:
Manifesto da Arte Anacrônica / Anacronic Art Manifesto (Portuguese):
https://drive.google.com/file/d/1lzNpNIFdlx4X_4Sr3JvDIscOXupfGtmA/view
Revista Anacronia: https://revistadaanacronia.blogspot.com/2022/08/anacronia-n-1.html
Postagem "post mortem" com reflexões minhas / "Post Mortem" post with my thoughts:
English: http://diarioartografico.blogspot.com/2022/07/0-post-mortem-references-and-thoughts.html
Português: http://diarioartografico.blogspot.com/2022/07/referencias-imageticas-de-0-e-reflexoes.html
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